O WTA foi publicada no dia 13 de fevereiro e elenca os principais rivais dos EUA: Rússia, China, Irã e Coreia do Norte. As Filipinas só são mencionadas duas vezes no relatório de 28 páginas: uma vez ao lado de Turquia e Venezuela (dois países com os quais os EUA têm um relacionamento conturbado) como nações "cujos governos usaram as mídias sociais para espalhar as opiniões do governo, para dirigir agendas e combater a crítica do governo online".
Em resposta ao relatório, o porta-voz de Duterte, Harry Roque, disse à DZMM que Manila viu o relatório "com alguma preocupação, sabendo que, pelo menos em um caso, a Corte Internacional de Justiça (CIJ) considerou os EUA culpados de interferência nos assuntos de um estado doméstico".
A resposta faz menção à decisão de 1986 da Corte Internacional de Justiça que reconheceu a violação dos EUA sobre a soberania da Nicarágua apoiando os rebeldes contrários ao governo socialista da Nicarágua durante a guerra civil de dez anos.
"Isso é algo que estamos levando muito a sério", continuou Roque. "O relatório vem da comunidade de inteligência. Nem sequer vem do Departamento de Estado. É algo que o Presidente também levará a sério".
Duterte, no entanto, já fez sim comentários nesse sentido, no entanto. "Uma vez que a desestabilização já está criando caos, não hesitarei em declarar um governo revolucionário até o final do meu mandato", disse o presidente à época.
Histórico conturbado
As relações entre Washington e Manila enfraqueceram após a ascensão de Duterte em meados de 2016. O presidente filipino anunciou abertamente sua intenção de aliar as Filipinas para a China e a Rússia depois de décadas de fortes laços com os EUA. Em seguida, o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, cancelou uma reunião planejada com Duterte depois que o presidente o chamou de "filho de uma p*ta".
As relações melhoraram após a eleição do presidente Donald Trump, mais alinhado com a abordagem de lei e ordem de Duterte para a política interna.