"Em algum momento, as pessoas têm que reconhecer que a Coreia do Norte quer armas nucleares não apenas para autodefesa, mas ainda querem reunificar a península coreana sob seu controle", afirmou John Bolton em um fórum na última quarta-feira.
Conhecido pelo seu olhar crítico sobre Pyongyang, Bolton usou o seu ponto de vista – que está em consonância com a visão de assessores do presidente dos EUA, Donald Trump – para reforçar que a Coreia do Sul pode ser severamente afetada pelos planos norte-coreanos.
"A segurança a longo prazo para a Coreia do Sul será prejudicada severamente se a Coreia do Norte obtiver a capacidade de armas nucleares entregues", ponderou o ex-embaixador estadunidense na ONU.
Na semana passada, o almirante Harry Harris, chefe do Comando do Pacífico dos EUA, afirmou que os planos do líder norte-coreano Kim Jong-un vão além da defesa da sua soberania – alegação que Pyongyang usa frequentemente para defender o seu programa nuclear.
"[O plano de longo prazo] é a reunificação sob um sistema comunista", declarou Harris em uma audiência no Congresso dos EUA. Anteriormente, o diretor da CIA Mike Pompeo e o diretor de Inteligência Nacional Dan Coats fizeram pontuações semelhantes.
Segundo essa avaliação, a demanda da Coreia do Norte pelo fim dos exercícios conjuntos militares entre os EUA e a Coreia do Sul prega o enfraquecimento da aliança, e visaria em um segundo momento forçar a saída das tropas norte-americanas que estão em Seul. Tudo pela reunificação, sob o comando de Pyongyang.