Ativista: é hora de pôr fim formal à guerra na península coreana

© REUTERS / YonhapMembro do grupo civil sul-coreano queimando a bandeira nacional da Coreia do Norte durante a manifestação contra participação de Pyongyang nos Jogos Olímpicos em PyeongChang
Membro do grupo civil sul-coreano queimando a bandeira nacional da Coreia do Norte durante a manifestação contra participação de Pyongyang nos Jogos Olímpicos em PyeongChang - Sputnik Brasil
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A leve redução das tensões na península coreana parece estar perto do seu fim, como os Jogos Olímpicos de PyeongChang, depois de os líderes da Coreia do Norte terem cancelado uma reunião secreta planejada com o vice-presidente dos EUA, Mike Pence.

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Espera-se que Washington retome os exercícios militares adiados com a Coreia do Sul, classificados pelo Norte como provocadores.

Na entrevista à Sputnik Internacional, Christine Ahn, uma das fundadoras do Instituto de Política Coreana, centro analítico que aconselha a administração norte-americana quanto à política na península coreana e se pronuncia a favor da paz da região, notou que, na opinião da Casa Branca, foi a Coreia do Norte que cancelou a reunião secreta.

Mas, frisou, os EUA somente pretendiam reiterar a sua posição forte, o que eles fizeram publicamente em Tóquio durante o encontro de Mike Pence com o premiê japonês, Shinzo Abe.

Quanto às manobras militares, ela sublinhou que atualmente a Coreia do Sul está travando negociações sobre um possível adiamento dos exercícios militares, mas os EUA se antecipam e dizem que os exercícios serão retomados. "Vivemos um momento crítico e é necessário agora que o movimento pela paz norte-americano não fique calado e apoie o processo de paz intercoreano que está em curso".

Para ela, é de enorme importância pedir ao governo dos EUA para parar as manobras militares, ouvir o povo coreano – do Sul e do Norte, que quer a continuação da reconciliação entre os seus países. "Resumindo, pode-se dizer que estes exercícios militares, que incluem golpes provocatórios e exercícios de mudança do regime, vão interromper o diálogo intercoreano", adicionou ela.

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Christine Ahn notou que a lei de segurança nacional na Coreia do Sul classifica como ameaça à segurança do país qualquer contato com norte-coreanos. Ela também lembrou que Moon Jae-in, presidente da Coreia do Sul, disse que procura um acordo de paz entre os EUA e o Norte, como está previsto no acordo de armistício assinado em 1953.

Tecnicamente, as Coreias continuam em estado de guerra, pois só assinaram o armistício.

"É o momento certo de os norte-americanos pressionarem o governo para formalmente se pôr fim à guerra coreana", disse Ahn. "Não só para o povo coreano, mas também para a alma da nação", concluiu.

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