"Os motivos para tais declarações de Trump são absolutamente claros: os EUA precisam de atribuir a si mesmos a vitória sobre o terrorismo, subestimando o máximo possível o papel da Rússia e dos seus parceiros no que se trata do processo de paz sírio. Entretanto, isto não tem nada a ver com a realidade. A Rússia, ao contrário dos EUA, está na Síria para prestar assistência na luta contra o Daesh, cujo surgimento, a propósito, foi de fato propiciado pelos EUA com a sua política no Oriente Médio", disse Slutsky à Sputnik.
O parlamentar relembrou que a Rússia efetua sua operação legitimamente, a pedido das autoridades oficiais da Síria, "de novo, ao contrário dos EUA".
Além disso, Slutsky afirmou que Washington tenta "dividir o país [a Síria] em várias partes, sem na verdade prestar a mínima atenção a seus cidadãos".
O chanceler russo, Sergei Lavrov, também confessou há pouco que "os norte-americanos parecem ter estabelecido a divisão do país como seu objetivo na Síria".
"Por isso, acredito que 'vergonha' não tem nada a ver com a nossa realidade. Mas provavelmente, se trata da vergonha norte-americana pela Líbia dividida, que de fato deixou de existir como Estado, pela divisão da Iugoslávia, pela guerra no Iraque, desencadeada apenas se baseando em provas fictícias de [ex-secretário de Estado] Colin Powell. Parece que eles nunca chegaram a entender o que fizeram", resumiu.
Vale ressaltar que o motivo oficial da invasão do Iraque pelos EUA junto com uma coalizão de aliados em 2003 foram as informações da inteligência estadunidense, que assegurava ter encontrado evidências de existência de armas de destruição maciça no Iraque. As provas, de fato, nunca foram apresentadas.