O fluxo de ar quente no Polo Norte e áreas adjacentes tem empurrado as temperaturas até 35 graus acima do normal para este mês. Na Groenlândia foram registradas já 61 horas de temperaturas positivas este ano, o triplo do que é habitual, informa o The Guardian.
La semana que viene será fría
— lacaiguda (@lacaiguda) 21 de fevereiro de 2018
La TV hará absurdos directos con reporteros helados en puertos de montaña
Recordarán 30 veces las mínimas, situación en carreteras, anécdotas de vecinos y hielo
Tendrás frío hasta en la sopa
Pero no te contarán que el Ártico está +30ºC de lo habitual pic.twitter.com/kWjoXHsd4C
Essas temperaturas são mais típicas para maio de que para fevereiro na Groenlândia. O ponto mais setentrional da ilha, o cabo Morris Jesup, registrou uma temperatura de 6,1 graus acima de zero no domingo passado, enquanto que a temperatura média de fevereiro é de —20.
A maior preocupação dos ambientalistas é que o aquecimento global esteja erodindo o vórtice polar, os ventos fortes que antigamente isolavam o gélido norte.
Mientras en Europa hace frío, aquí un recordatorio de que la temperatura en el Ártico es 20°C grados más cálida de lo normal. Imagen por @ZLabe. Compara la línea roja para 2018 con la blanca de la temperatura promedio. #CambioClimático pic.twitter.com/6fEqU539Kq
— ONU Cambio Climático (@CMNUCC) 26 de fevereiro de 2018
Estatísticas deste mês foram descritas pelos meteorologistas como "chocantes" e "estranhas".
"É uma anomalia entre anomalias. O preocupante é que está bastante longe dos limites históricos e isso significa que mais surpresas nos aguardam, enquanto continuamos provocando a fera brava que é o nosso clima", disse Michael Mann, diretor do Centro da Ciência do Sistema Terra da Universidade Estadual da Pensilvânia (EUA).
O pesquisador ressaltou que o Ártico "está enviando uma mensagem clara", já que é um ponto de referência para o círculo vicioso que amplifica o aquecimento causado pela influência humana nessa região em particular.