A presença do PCC foi articulada pelo antigo comandante do tráfico na favela, Antônio Francisco Bonfim Lopes, o Nem, afirma o G1, que diz ter conseguido acesso aos documentos. Ele teria formado uma espécia de "joint-venture" do crime entre sua facção, o Terceiro Comando dos Amigos (TCA), e o grupo paulista: o TCA-1533.
O ex-Coordenador Geral das Unidades de Polícia Pacificadora (UPP) Robson Rodrigues, entretanto, enxerga a informação com ceticismo. "Isto é um fragmento de inteligência, que precisa ser montado", diz. Para ele, não é característico do PCC atuar na venda de drogas e armas no varejo, mas sim no atacado.
"As facções no Rio de Janeiro são muito simples. Elas não tem o grau de sofisticação para atuar no atacado internacional. Um ou outro personagem com uma rede muito menor, mas muito mais eficaz, pode ter sido mais ousado e atuado no atacado. Isso não significa que todos esses denominados 'donos do morro' atuem no atacado", afirma em entrevista à Sputnik Brasil.
Na interpretação de Rodrigues, o relatório de inteligência legitima a ideia de "as ações devem se reduzir a essas comunidades" e seu conteúdo "interessa a alguém que eu não estou percebendo".