Roberto David Castillo, presidente executivo da Desarrollos Energeticos (DESA), foi preso em um aeroporto no norte do país, segundo afirmam os promotores hondurenhos. A DESA tentava construir uma barragem à qual Berta Cáceres se opunha.
Castillo "era o encarregado de fornecer logística e outros recursos a um dos perpetradores, já processado pelo crime", disse o porta-voz do Ministério Público, Juri Mora, à agência Reuters que não pôde entrar em contato imediatamente com Castillo ou seus advogados.
Em um comunicado, a DESA negou o envolvimento no crime e disse que Castillo é "inocente", acrescentando que "rejeita essa decisão que vem da pressão internacional e das campanhas de difamação de várias ONGs conra a empresa".
Castillo é o segundo mandante do crime a ser preso. Outras 8 pessoas, incluindo funcionários da empresa, assasivos contratados e membros do exército, foram presos e julgados.
Honduras tem visto confrontos frequentes entre as populações indígenas e as operações de mineração e hidrelétricas. O presidente Juan Orlando Hernandez, reeleito em dezembro em uma votação marcada por alegações de fraude, procurou impulsionar o investimento em tais empreendimentos.
Os membros do grupo ativista que Cáceres liderou reuniram-se nesta sexta-feira (2) em frente aos gabinetes do Ministério Público na capital para exigir a prisão dos empresários locais mais proeminentes, os quais, os ativistas alegam, têm ligações com o crime.