Coreia do Norte ameaça 'enfrentar' EUA devido a exercícios militares com Seul

© Sputnik / Ilia Pitalyev / Acessar o banco de imagensKim Jong-un, líder da Coreia do Norte, na cerimônia de inauguração do Museu da Vitória na Guerra da Coreia, Pyongyang
Kim Jong-un, líder da Coreia do Norte, na cerimônia de inauguração do Museu da Vitória na Guerra da Coreia, Pyongyang - Sputnik Brasil
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A Coreia do Norte ameaçou neste sábado (3) "enfrentar os Estados Unidos" caso os norte-americanos decidam realizar exercícios militares em conjunto com os sul-coreanos e afirmou que não implorará por negociações com Washington.

Nesta semana, um conselheiro de segurança nacional sul-coreano disse, segundo a agência Yonhap, que os EUA devem iniciar os exercícios em conjunto no começo de abril. Pyongyang afirma que as atividades militares são uma ameaça.

"Se os EUA realizarem mesmo os exercícios militares conjuntos enquanto mantêm sanções à Coreia do Norte, vamos enfrentar os EUA com nosso próprio modo de reação, e serão dos EUA todas as responsabilidades decorrentes", afirmou a agência estatal norte-coreana KCNA em comunicado, dizendo que tais exercícios prejudicariam os esforços de reconciliação na península. 

No dia 23 de fevereiro, os EUA afirmaram que imporiam seu mais pesado pacote de sanções para pressionar a Coreia do Norte a desistir de seu programa nuclear e de mísseis. O presidente norte-americano, Donald Trump, alertou sobre uma "fase dois" que pode ser "muito, muito triste para o mundo", caso os esforços atuais não surtam efeito. 

A Coreia do Norte criticou as sanções unilaterais de Trump, mas afirmou que estava aberta a negociações durante a visita de importantes autoridades do país à Coreia do Sul para os Jogos Olímpicos de Inverno, no mês passado. 

Washington diz que qualquer negociação precisa envolver o fim do programa nuclear da Coreia do Norte. Já os norte-coreanos dizem que não irão negociar caso exista qualquer pré-condição. 

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Um porta-voz do Ministério das Relações da Coreia do Norte disse à agência KCNA que "não imploraremos por diálogo nem evitamos a opção militar reivindicada pelos EUA". Ele também disse que a paz na península coreana "depende inteiramente da atitude dos EUA".

A Coréia do Sul enviará um emissário especial para a Coreia do Norte em resposta a convite do líder norte-coreano Kim Jong-Un. O plano foi repassado pelo presidente sul-coreano Moon Jae-in ao presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, em telefonema na quinta-feira.

Os Jogos Olímpicos de Inverno em PyeongChang no mês passado deram um impulso ao diálogo entre as duas Coreias após o aumento da tensão com os testes balísticos norte-coreanos. 

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