"Em um dia, a Naftogaz trocou o gás fornecido pela Gazprom por gás da Europa", escreveu Vitrenko em sua conta no Facebook.
Ele agradeceu a todos os "ucranianos conscientes" por reduzir o consumo de combustível. Segundo ele, depois que a Gazprom parou seu fornecimento de gás, a Ucrânia precisava "aguentar mais um dia".
A Gazprom se recusou a enviar gás à Ucrânia devido à falta de um protocolo de acordo sobre o fornecimento e devolveu o adiantamento. No sábado (3), Aleksandr Medvedev, vice-presidente do conselho da empresa russa, anunciou o início do procedimento da dissolução de contratos no Tribunal de Arbitragem de Estocolmo.
De acordo com o presidente do conselho da Gazprom, Aleksei Miller, o motivo foi a decisão "assimétrica" da Arbitragem de Estocolmo em relação aos contratos com a Naftogaz, que "significativamente violou o equilíbrio de interesses das partes".
Ele também enfatizou que a empresa russa não pretende "resolver os problemas econômicos da Ucrânia" por contra própria.
"A continuação dos contratos é economicamente inviável e nada lucrativo para a Gazprom", disse.
Para a empresa ucraniana, a decisão da Gazprom é considerada de caráter político.
Devido ao frio e a falta de gás, as autoridade da Ucrânia limitaram o fornecimento até 6 de março.
"Hoje, a situação com o fornecimento de gás está estável: temos gás suficiente armazenado, gás de produção própria e importado", escreveu Pyotr Poroshenko em seu blog no Twitter.
O especialista político Andrei Suzdaltsev disse ao serviço russo da Rádio Sputnik que as autoridades de Kiev estão esperando por dividendos que cubram as perdas recorrentes da rescisão do contrato com a Gazprom.
"Mas eles pensam que a demonstração de que romperam com a Gazprom, ou seja, Moscou, mais cedo ou mais tarde trará tais dividendos e permitirá cobrir todas as perdas", conclui.