Na quarta-feira passada, o Instituto de Arbitragem da Câmara de Comércio de Estocolmo acatou parcialmente os pedidos da Naftogaz, da Ucrânia, sobre o que dizia ser o fracasso da empresa russa de energia Gazprom no fornecimento de gás para o país, ordenando à empresa russa que pague US$ 4,63 bilhões à empresa ucraniana.
Na sexta-feira (2), a Gazprom afrimou que era contra a Ucrânia resolver seus problemas econômicos às suas custas e lançou mão de um procedimento para rescindir contratos com a Naftogaz.
"A Ucrânia foi vítima do chamado círculo vicioso do gás russo por muitos anos", disse Kobolyev em uma apresentação sobre o desenvolvimento do setor de gás do país à durante a conferência CERAWeek em Houston, Texas.
Kobolyev culpou a Rússia por vender o "gás caro" à Ucrânia, cujo preço foi maior em 32% em 2014 em comparação com o mercado europeu, de acordo com as estimativas da Naftogaz.
No entanto, ele acrescentou, Naftogaz conseguiu implementar a volta por cima da empresa tornando-se "credor da Gazprom" após a decisão do Tribunal de Arbitragem de Estocolmo, em 28 de fevereiro.
Gazprom e Naftogaz estão envolvidas em disputas judiciais desde junho de 2014, quando a Gazprom mudou sistema de pagamento que tinha com a trocou a Ucrânia para um sistema pré-pago de fornecimento de gás, devido a uma dívida da empresa ucraniana.
As reclamações da Gazprom basearam-se principalmente nas punições previstas pelo contrato firmado entre as estatais Gazprom e Naftogaz.
A fórmula contratual obriga a Ucrânia a pagar o volume de gás especificado no contrato, independentemente do volume real de compras. Pouco depois da introdução do novo sistema, a Naftogaz apelou para o tribunal de arbitragem de Estocolmo, exigindo que os preços de fornecimento de gás e de trânsito do contrato firmado em 2009 fossem revisados de forma retroativa.