Para ilustrar suas palavras, o presidente recordou um provérbio russo: "Não cuspa em um poço, um dia precisará beber água de lá".
"Trata-se exatamente deste caso. Tudo se volta contra aqueles que fazem isso", explicou o líder russo. De acordo com ele, "não o deveriam ter feito". Há, sim, "que construir relações com a Rússia e tudo ficará bem", afirmou.
"Tendo em consideração as tendências mundiais de desenvolvimento, é melhor ter a Rússia como parceira. Somos uma grande potência", destacou o presidente.
"A inclusão do Irã, da Rússia e da Coreia do Norte em uma lista de países sancionados é um sinal de fraqueza por parte dos EUA", assinalou Vladimir Putin.
Do mesmo modo, o líder russo destacou que a decisão quanto ao uso de armas nucleares pela Rússia somente pode ser tomada como medida de retaliação.
"No que diz respeito concretamente a este assunto, trata-se, claro, de um tópico muito importante e extremamente sensível. Gostaria de assinalar […] que nossos planos de utilização [das armas nucleares], espero que isso nunca aconteça, nossos planos teóricos de utilização seriam o que se chama de golpe de resposta", destacou Putin.
"A decisão sobre a utilização de armas nucleares somente pode ser tomada caso nossos sistemas de aviso de ataque de mísseis indiquem, além do momento do lançamento, uma previsão exata sobre sua trajetória de voo e o tempo de queda das ogivas no território da Rússia. Isto se chama de golpe de retaliação, quando passamos a ter o direito legítimo de responder", acrescentou.
"Perguntem aos vilões. Essa é uma opinião das fontes ocidentais, e não de todas", respondeu, acrescentando que tal tipo de afirmações não o ofendem.
"Já me acostumei. Existem pontos de referência muito bons, faróis muito bons. Esses faróis são os interesses da Federação da Rússia e de seu povo. Se eu sinto que não me desviei e sigo o caminho certo, não ligo para mais nada. Isso não me afasta da resolução das tarefas que eu considero prioritárias para meu país".