Das manobras participam cerca de 5.000 militares de ambos os países, bem como sistemas de defesa antiaérea e antimíssil.
"E uma ótima oportunidade para aperfeiçoar habilidade, aumentar prontidão de combate, estar preparados para agir… quando vier a ordem. Estou seguro de que, quando for necessário, veremos tropas americanas combatendo ao nosso lado", disse a jornalistas o comandante da defesa antiaérea israelense, general de brigada Zvika Haimovich.
"Quando as autoridades israelenses nos pedirem, estaremos aqui e estaremos prontos para a ação", declarou.
De acordo com os generais, as manobras Juniper Cobra, que são realizadas a cada dois anos desde 2001, não estão relacionadas a nenhum evento geopolítico, mas seus cenários refletem a situação real na região. Clark fala de "milhares de ameaças" que os aliados podem ter de enfrentar, Haimovich, por sua vez, dos ataques de mísseis contra Israel vindos de todas as direções possíveis.
"Eles [adversários] vão usar amplamente o método de disparos em salva, com uso de mísseis de precisão mais elevada. A ameaça tem um caráter multivetorial: do sul, do norte, do leste e de outras direções. Assim são as nossas suposições básicas iniciais", detalhou o comandante israelense.
Na base aérea de Hatzor aos jornalistas foram mostrados exemplares das armas que participam do Juniper Cobra 2018: entre elas estão a Cúpula de Ferro, destinada para interceptar foguetes de curto alcance e que mostrou sua eficácia em guerras locais contra grupos da Faixa de Gaza, e Funda de Davi, um sistema de defesa antimíssil que defende o espaço aéreo dos mísseis de médio alcance. Na base também estão os sistemas antimísseis estadunidenses Patriot e os Arrow (Hetz) israelenses, que em suas modificações mais recentes podem interceptar mísseis com ogivas não convencionais.
A tarefa mais atual, no entanto, é o treinamento da interação dos aliados ao nível de estados-maiores, pois, segundo os comandantes das manobras, a comunicação a este nível é provavelmente a parte mais importante de toda a missão.
Segundo o tenente-general Clark, a transferência dos efetivos da defesa antiaérea dos EUA para Israel em caso de guerra terá a mesma forma como a usada nas manobras Juniper Cobra e pode começar dentro de dois ou três dias depois da decisão política correspondente.
"Caso seja necessário e o governo israelenses se dirigir à nossa liderança, estaremos posicionados aqui para contribuir para a defesa de Israel", resumiu Clark.