"Não podemos alcançar a Rússia", reconheceu Scaparrotti. Ele acrescentou que Moscou está se armando no Ártico e pode estar em posição de controlar o mar do Norte e, portanto, as rotas de trânsito do Extremo Norte "no prazo de três anos".
Assim, de acordo com ele, a Rússia poderia passar a controlar as rotas marítimas do Ártico.
"Seu objetivo declarado é garantir a segurança para a prosperidade econômica do Ártico… Mas, se olharmos ao que está acontecendo lá, é claro que, no futuro, eles poderão controlar as rotas marítimas se quiserem", disse Scaparrotti.
Nos últimos anos, a Rússia tem desenvolvido ativamente seus territórios do Norte. Este desenvolvimento inclui, particularmente, a extração de hidrocarbonetos e a construção da Rota Marítima do Norte, que representa uma alternativa às rotas comerciais tradicionais entre a Europa e a Ásia.
"As medidas que a Rússia está levando a cabo no Ártico, incluindo militares, visam proteger os interesses russos no Norte, dada a crescente atenção que os países integrantes da OTAN estão prestando à região", ressalta o colunista do Sputnik Aleksei Bogdanovsky.
Para mais, a Rússia possui quatro armazéns de mísseis Bulava (mísseis para submarinos da classe Borei) construídos na base militar em Severomorsk, a principal base da Frota do Norte. No início de fevereiro, o Ministério da Defesa da Rússia anunciou a construção de estações de radar nas cidades de Orsk, Barnaul e Vorkuta, esta última na região do Ártico, pertencentes às Tropas de Defesa Aeroespacial.