Horst Seehofer, da União Social Cristã (CSU), prometeu "tolerância zero" no novo governo formado por Merkel. Ele é o principal crítico dentro da própria coalizão de Merkel da decisão da chanceler de manter as fronteiras abertas para um grande fluxo de imigrantes e refugiados desde 2015.
A maior parte deste fluxo migratório atravessou os Bálcãs e o estado de Seehofer, a Baviera, provocando uma forte reação na região. O fluxo chegou a até 10 mil pessoas por dia.
As repatriações e as deportações devem ser "elevadas significativamente", afirmou, prometendo especialmente "ser mais duro" com aqueles que quebram a lei alemã ou são considerados uma ameaça à segurança.
"Queremos permanecer um país aberto ao mundo e liberal", disse Seehofer. "Mas quando se trata de proteger os cidadãos, precisamos de um Estado forte. Eu cuidarei disso".
O grande influxo de migrantes rumo à Alemanha trouxe mais de um milhão de pessoas para a maior economia da Europa, cerca de metade delas da Síria, Iraque e Afeganistão.
A coalização formada por Merkel para governar, em associação com o Partido Social-Democrata (SPD), deve ser empossada nesta semana e prometeu limitar a entrada de requerentes de asilo em 200 mil pessoas por ano.