É a segunda vez que Bachelet entrega o poder ao bilionário empresário Piñera. Os dois se alternam na presidência desde 2006.
Piñera volta ao poder com a coalizão Chile Vamos e com partidos que foram da base de sustentação do ex-ditador Augusto Pinochet, como a União Democrática Independente e a Renovação Nacional.
"Seu principal desafio é alinhar sua coalizão", disse o sociólogo e analista político Miguel Zlosilo à Associated Press. "Temos que ver se a direita, pela primeira vez na história, tem a capacidade de trabalhar em equipe… e projetar-se para um próximo mandato."
Durante o segundo mandato de Bachelet, entre 2014 e 2018, o crescimento econômico caiu para uma média de 2%.
Piñera afirma que a experiência adquirida em seu primeiro governo, entre 2010 e 2014, o ajudará a firmar acordos a centro-esquerda.
"Desde o primeiro dia Piñera vai querer mostrar que com ele a roda da economia voltou a girar", afirma Cristóbal Bellolio, professor da Escola de Governo da Universidade Adolfo Ibáñez.
O Congresso chileno não terá nenhuma maioria e deve ser palco de importantes disputas. Um dos projetos que atualmente está em tramitação é a regularização do casamento homoafetivo; Piñera diz que a união entre pessoas do mesmo sexo é inaceitável.
Outro ponto polêmico é a gratuidade do ensino superior. Apesar do novo presidente ser contrário a medida, ele não deve conseguir maioria para revertê-la.