Ontem (11) foi divulgado um vídeo do lançamento bem-sucedido de um míssil Kinzhal. Estes mísseis hipersônicos, segundo destacou o vice-ministro russo da Defesa Yuri Borisov, são capazes de atacar porta-aviões, destróires e cruzadores.
O analista militar Viktor Baranets, falando com o serviço russo da Rádio Sputnik, comentou as capacidades das novas armas russas.
"O Kinzhal pode virar uma marca, assim como a Kalashnikov, como os S-300 e S-400, como nosso Iskander. Temos muitas armas que podem, sem exagero, ser consideradas marcas mundiais. Mas nós não somos adeptos da corrida armamentista, e de jeito nenhum aspiramos a isso. Estas armas são feitas para repelir adequadamente as múltiplas ameaças militares que estamos observando por toda a parte: no ocidente, sul e oriente", explicou.
Como acrescentou Baranets, por enquanto, não se trata de exportações, embora o Kinzhal tenha boas perspectivas nesta área. Segundo opinou o analista, muito provavelmente nos próximos 2-3 anos, quando a Força Aeroespacial russa for equipada com estes mísseis, será possível falar da exportação.
Segundo Viktor Baranets, o Kinzhal não tem análogos no mundo.
"O desenvolvimento de mísseis hipersônicos de tal classe estava sendo realizado em paralelo com os EUA. Quando os americanos ultrapassaram [a velocidade] de 3 Mach, eles começaram uma publicidade mundial, no entanto, mesmo quando atingiram 5 Mach, eles enfrentaram falhas sucessivas nos testes. Quero lembrar que o nosso míssil, segundo os dados oficiais, voa mais rápido que 10 Mach [12.000 km/h]", frisou.
Para além disso, um dos criadores do Kinzhal, disse inadvertidamente que o novo míssil russo pode voar a uma velocidade superior a 12 Mach.
Putin disse que o míssil pode superar todos os sistemas de defesa antimísseis e antiaéreos existentes e em desenvolvimento, podendo transportar ogivas nucleares ou não nucleares a distâncias de até 2.000 quilômetros.