Várias mídias ocidentais e vietnamitas escreveram com entusiasmo sobre a visita do USS Carl Vinson ao Vietnã e destacaram as novas possibilidades que este evento abre para cooperação entre as Marinhas de ambos os países.
"As avaliações expressadas por uma série de portais vietnamitas não refletem a opinião da maioria dos cidadãos vietnamitas. Falou-se demasiado disso. No entanto, vários representantes do Ministério da Defesa, da Marinha e da Força Aérea do Vietnã anteriormente já visitaram porta-aviões norte-americanos que passaram pelo mar do Sul da China", disse.
O especialista destacou também a posição discreta da China em relação ao tema. Segundo explicou Nguyen Minh Tam, não se trata do primeiro caso em que porta-aviões dos EUA navegam no mar do Sul da China. Também não é primeira vez que navios dos EUA patrulham esta zona.
Desde 2004, sem permitir a criação de bases militares estrangeiras em seu território, o Vietnã convida navios militares da Rússia, Reino Unido, Índia, França, Austrália, China e EUA para visitarem portos vietnamitas.
O ruído feito por algumas mídias em torno da visita do USS Carl Vinson ao porto vietnamita não se distingue muito da reação da imprensa colonial francesa e das edições do governo-fantoche de Bao Dai quanto à entrada de um porta-aviões dos EUA no porto de Saigon em 1950.
"Baseando-se nisso, o Vietnã está criando sua Marinha com objetivos de defesa. Muitos perguntam por que o Vietnã não constrói porta-aviões. Eu respondo que o porta-aviões é um meio de ataque a partir do mar. Durante a guerra da Resistência contra os americanos, os EUA tiveram ao menos 10 porta-aviões no mar do Sul da China, mas todos eram usados para atacar o Vietnã do Norte. Hoje em dia o Vietnã, graças à União Soviética e à Rússia, tem meios de defesa mais eficazes do que porta-aviões", resumiu.