"Pensei que todas as pessoas que morreram estavam presas em seus túmulos, que Deus estava sozinho no céu, e que eu tinha que sacrificar algo importante para poder libertar todos no mundo a favor de Deus", contou Kaylee. "[A droga] fez com que o mundo se tornasse mais escuro, roubou tudo que eu acreditava, distorcendo para que eu arrancasse meus olhos", adicionou.
"Estava com medo, não entendia o que Deus queria de mim, mas me sentia no dever [de arrancar os olhos]. E me senti satisfeita ao fazê-lo, porque sempre tive um coração grande e ninguém me devolveu esse amor", lembra.
Quando Kaylee estava se aproximando de uma igreja, sentiu que restava pouco tempo para salvar o mundo e fez seu sacrifício.
"Arranquei meus olhos com as próprias mãos: eu os girei, puxei e os esmaguei", disse. Kaylee pediu ao pastor para rezar por ela, pois queria vez a luz.
Hoje, com ajuda de sua mãe, Muthart está tentando se reencontrar com a fé. Além do mais, ela segue tentando se adaptar à vida sem os olhos.
Depois de uma internação prolongada no hospital e centro psiquiátrico, Muthart regressou para a casa da sua mãe no dia 1º de março, dando início a um novo capítulo. "É a mesma vida, mas estou aprendendo tudo de uma nova maneira. A vida é mais bela agora, a vida é mais bela do que era com drogas. É o mundo horrível em que vivemos", opina a jovem.