"Há uma vontade de discutir [as sanções]. Veremos qual o tipo de resultado que esta decisão ao nível europeu irá trazer […] Mas dissemos, quando eu estava nos Estados Unidos, no Departamento de Estado, que eles são uma ferramenta e se eles não funcionam, vamos mudar ou talvez usaremos menos", disse Luigi Di Maio em conferência de imprensa comentando sobre a potencial extensão das sanções da União Europeia (UE) contra a Rússia.
O político acrescentou que, para o partido, a questão das sanções estava relacionada aos problemas da agricultura italiana causados pelas restrições impostas. Ele também prometeu trabalhar nesta agenda no interesse dos italianos, mas não da Rússia ou dos Estados Unidos.
Desde o início do conflito na Ucrânia e a reunificação da Crimeia com a Rússia em 2014, a UE, incluindo a Itália, introduziu várias rodadas de sanções anti-russas, com Moscou impondo contramedidas visando as importações de alimentos dos países que apoiaram as sanções.
Na segunda-feira, o Conselho da União Europeia anunciou um prolongamento de seis meses das medidas restritivas sobre "ações que minam ou ameaçam a integridade territorial, a soberania e a independência da Ucrânia", impostas a 150 pessoas e 38 entidades.
No início de março, a coalizão de centro-direita, composta pela Liga (antiga Liga Norte), a Força Itália, do ex-primeiro ministro Silvio Berlusconi, os Irmãos de Direita da Itália e o pequeno partido Nós com a Itália, ganharam as eleições com 37,48% dos votos na Câmara Alta e 36,97% na Câmara Baixa.
Contudo, o M5S foi o partido mais votado, tendo recebido 32,10% no Senado e 32,49% na Câmara dos Deputados.