Nos finais de fevereiro, o comandante do Estado-Maior da Força Aérea dos EUA, David Goldfein, afirmou que a guerra nas estrelas é uma questão de poucos anos. De acordo com ele, Washington deve fazer questão de alcançar a supremacia no espaço.
Ao falar com o serviço russo da Rádio Sputnik, o especialista em assuntos políticos e militares Oleg Glazunov relembrou que o programa de "guerra nas estrelas" tem sido um sonho para as autoridades estadunidenses desde a década de 80.
Para mais, o especialista manifestou que o governo estadunidense demorou bastante para promover a iniciativa na prática e não em teoria.
"Ele [Trump] está falando de uma força espacial? Então já faz muito que a deveriam ter criado. Na Rússia, a Força Espacial existe já há muito tempo. Sim, hoje em dia as tecnologias são já tão avançadas que brevemente as operações militares podem realmente passar para o espaço. Os norte-americanos, provavelmente, estão modernizando seu exército para se adaptar às novas condições. Mas eu receio que Trump esteja confundindo seus desejos com a realidade. Não acho que seja possível criar as armas para a guerra espacial assim tão depressa", explicou Glazunov.
Os EUA, bem como os outros países, estão desenvolvendo sistemas tanto ofensivos quanto defensivos na área espacial. Além dos satélites militares e, supostamente, o potencial de defesa antissatélite, os EUA também têm um avião espacial não tripulado cujos voos são classificados.
De acordo com o portal Space News, neste ano o orçamento da Força Aérea estadunidense para programas espaciais é de US$ 7,75 bilhões (mais de 25 bilhões), o que é 20% maior que em 2017. Já no próximo ano se planeja aumentar essa verba até US$ 8,5 bilhões (mais de R$ 27,6 bilhões).