Os portais citaram como argumento um print de um artigo da Sputnik Dari (Afeganistão) — o vídeo chamado "Alma saindo de paciente em hospital chinês". Os autores sublinham que com tais "materiais falsos" a Sputnik "atrai atenção de leitores crédulos".
Vale destacar que a publicação, citada pelos portais afegãos, trata-se de um vídeo viral que foi divulgado nas redes, sendo ele de domínio público e não um material exclusivo da Sputnik, onde "são deturpados" alguns fatos e "representados interesses do Kremlin".
Segundo a matéria, Momand supostamente disse em entrevista ao Salaam Times o seguinte: "Muitas matérias, publicadas pela agência Sputnik, não correspondem à realidade e estão cheias de exageros. Tais mídias visam apenas semear caos na sociedade. O Ministério de Informação e Cultura [afegão] planeja publicar informações sobre ameaça potencial de tais agências."
No entanto, os autores do artigo simplesmente tiraram as palavras de Momand do contexto, atribuindo ao representante o que ele não havia dito. Desta maneira, os próprios Caravanserai e Salaam Times acabaram divulgando informações falsas e infundadas, denegrindo o nome de altos funcionários afegãos.
"Nunca e a ninguém fiz tais declarações [quanto à Sputnik] […] Vamos impedir atividades de agências deste tipo tanto no interior como fora do país, cujas publicações violam normas e legislação, bem como a Constituição do Afeganistão", disse Momand, expressando prontidão de prestar informação fidedigna a colegas.
A agência Sputnik, assim como o canal RT, tem sido alvo de forte pressão na Europa e nos Estados Unidos. Em novembro de 2017, o Departamento de Justiça norte-americano incluiu o canal de televisão RT America e a empresa parceira da Sputnik — Reston Translator, que transmitia programas da Sputnik nos EUA, na lista de agentes estrangeiros. Em fevereiro passado, o mesmo aconteceu com outra empresa norte-americana, RIA Global LLC, que se dedica à produção de conteúdos para a agência internacional de notícias e rádio Sputnik.