Vale relembrar que o militar norte-americano, ao discursar perante o Senado, disse que as forças estratégicas russas estão sendo constantemente modernizadas e efetuam regularmente manobras que simulam ataques nucleares contra a parte continental dos EUA.
Entretanto, o diretor do Centro de Conjuntura Estratégica e especialista em assuntos militares, Ivan Konovalov, falou com o serviço russo da Rádio Sputnik, qualificando a declaração do almirante estadunidense como ao menos bastante estranha.
"Em geral, o teste de uso de armas nucleares é parte do plano geral de utilização das forças armadas de qualquer país. Por exemplo, os franceses também realizam treinamentos que incluem o lançamento de armas nucleares, bem como os britânicos, e obviamente também os norte-americanos", sublinhou.
"Por isso, apresentar quaisquer reclamações ou acusações contra nós… [é injusto]. A existência de armas nucleares em um país do 'clube nuclear' pressupõe que seu uso é possível em algum incidente hipotético. Portanto, é uma declaração bem estranha. Além disso, ele [almirante estadunidense] expressou preocupação com o fato de nós termos recebido novos submarinos atômicos. Será que lá [nos EUA] isso é diferente? Será que eles não têm submarinos com armas nucleares? Aliás, eles têm mais que nós. Então quem deve ficar alarmado — eles ou nós?", resumiu Konovalov.