'Não pertence à Alemanha': ministro alemão ataca o islamismo e quer endurecer imigração

© REUTERS / Michael DalderBavarian Prime Minister and head of the Christian Social Union (CSU) Horst Seehofer welcomes German Chancellor Angela Merkel to the Christian Social Union (CSU) party congress in Munich, Germany in this November 20, 2015.
Bavarian Prime Minister and head of the Christian Social Union (CSU) Horst Seehofer welcomes German Chancellor Angela Merkel to the Christian Social Union (CSU) party congress in Munich, Germany in this November 20, 2015. - Sputnik Brasil
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Recentemente nomeado, o ministro do Interior alemão Horst Seehofer disse que "o islamismo não pertence à Alemanha". Os comentários contradizem as observações anteriores de sua própria chanceler, Angela Merkel.

Seehofer foi jurado na quarta-feira, depois de longas negociações para formar um novo governo alemão, e fez as observações em uma entrevista com ao jornal Bild nesta sexta-feira.

Presidente da União Social Cristã (CSU) na Baviera, Seehofer também delineou uma série de novas e duras medidas para reduzir a imigração e facilitar a deportação da Alemanha de requerentes de asilo rejeitados.

Seehofer afirmou que implementaria um "plano-mestre para deportações mais rápidas" e procuraria classificar mais países como "seguros", portanto, tornando mais fácil deportar pessoas para seu país de origem.

"Minha mensagem é: os muçulmanos precisam viver conosco, não perto de nós ou contra nós", disse o ministro. "É claro que os muçulmanos que vivem aqui pertencem à Alemanha".

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Estima-se que 4,4 milhões a 4,7 milhões de muçulmanos vivam na Alemanha, muitos de origem turca. Mais de 1 milhão de migrantes do Oriente Médio chegaram ao país desde 2015, depois que a chanceler Merkel adotou uma política de portas abertas.

O recente aumento da popularidade do partido de direita Alternativa para Alemanha (AfD) tem sido associado à insatisfação alemã com a política migratória de Merkel, juntamente com os temores de um incidente terrorista em larga escala – o ataque com um caminhão no mercado de Natal de Berlim, que matou 12 pessoas em 2016, segue vivo na memória popular.

A questão migratória permitiu ganhos a partidos de direita e anti-imigrantes em vários países europeus durante o último ano, principalmente na Áustria, Dinamarca e França, onde o líder da Frente Nacional, Marine Le Pen, perdeu uma corrida presidencial fechada contra o centrista Emmanuel Macron.

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