Na saída de um almoço em Brasília, no Palácio Itamaraty, com o presidente colombiano Juan Manuel Santos, Temer não descartou a hipótese de ser candidato à reeleição.
"Ainda não decidi. Não é improvável, mas ainda não decidi. O tempo dirá [quando devo decidir]. É no limite legal", afirmou o emedebista a jornalistas, referindo-se à data de 15 de agosto, o limite por lei para o registro de candidaturas.
Nos bastidores, o desejo de Temer em ser candidato estaria relacionado ao incentivo de assessores para que o faça, defendendo o legado do seu governo, assim como pela possibilidade de manutenção do foro privilegiado – há duas denúncias paradas no Supremo Tribunal Federal (STF) que, caso perca o foro, Temer responderá na Justiça em 2019.
Contudo, diante da baixa popularidade, as chances de Temer disputar de maneira competitiva o pleito de outubro são vistas com ressalvas até mesmo por aliados próximos. Não por acaso, nomes como o do ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, e o do presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM), surgiram como alternativas para os governistas.
Especificamente sobre Meirelles – filiado ao PSD, mas que poderia ir para o MDB antes de 7 de abril –, Temer indicou que conversas acontecerão para definir o rumo a ser tomado.
"Tudo isso vai ser objeto de conversas, com o Meirelles, inclusive, que é uma grande figura", afirmou o presidente.
Em Brasília, o que Temer e seus aliados indicam é que são pequenas (no momento) as chances de apoiar a candidatura presidencial do governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), ao Planalto. A postura dúbia do tucano em relação ao governo federal irritou o MDB.