A controversa ofensiva transfronteiriça "prosseguirá até o corredor do terror através de Manbij, Ayn al-Arab, Tell Abyad, Ras al-Ayn, Qamishli for aniquilado", disse Erdogan, falando no complexo presidencial em Ancara na segunda-feira.
Erdogan sugeriu que a operação militar turca pode até se expandir para o Iraque, se necessário, em um esforço para "eliminar" as forças leais ao Partido dos Trabalhadores Curdos (PKK), que Ancara designou como organização terrorista.
"De repente, podemos passar uma noite no Sinjar do Iraque e eliminar os terroristas do PKK", afirmou Erdogan, segundo a mídia estatal turca.
Em 20 de janeiro, a Turquia lançou uma ofensiva transfronteiriça contra a Síria com o objetivo de expulsar os "terroristas" curdos de Afrin. O ataque, com o nome de código Operação Ramo de Oliveira, expôs as tensas relações entre Ancara e Washington. O YPG curdo é um importante aliado dos EUA na luta contra os terroristas do Daesh, mas Ancara os vê como um ramo do PKK, designado pelos turcos como um grupo terrorista.
O anúncio do líder turco ocorre apenas um dia após o Exército turco, auxiliado por seus aliados do Exército Sírio Livre (FSA), apreender a cidade síria de Afrin. Erdogan disse que capturar Afrin era uma "vírgula" e "se Deus quiser, uma parada completa virá próxima". No entanto, ele enfatizou que o país não estava invadindo a Síria.
"Nossa intenção não é invadir, mas realizar operações para limpar terroristas e eliminar ameaças terroristas ao nosso país", disse ele, conforme citado pelo site Rudaw.
Milhares de pessoas fugiram de suas casas na região de Afrin na sequência da ofensiva da Turquia. Depois de anunciar a captura da cidade, Erdogan prometeu proteger os residentes de Afrin. No entanto, líderes curdos acusaram os militares turcos e seus representantes de cometerem "massacres" e "limpeza étnica".