Conforme declarou à Sputnik Internacional Tighe Berry, membro da organização pró-paz CODEPINK, de fato, as duas opções eram claras: de um lado, votando "Sim, eu quero ir para a guerra ao lado da Arábia Saudita, um dos maiores países violadores dos direitos humanos no mundo", e do outro "Eu não quero estar do lado dos maiores violadores dos direitos humanos".
Dez democratas votaram contra a medida bipartidária em 20 de março, ficando do lado dos republicanos para deixar os EUA continuar a apoiar a operação no Iêmen.
O senador Bernie Sanders declarou em 15 de março que a guerra no Iêmen tem sido desastre humanitário como resultado da intervenção da Arábia Saudita, mas a votação mais importante trata-se de permitir participação ou não das tropas norte-americanas no conflito.
O apoio dos EUA à coalizão liderada pela Arábia Saudita também visa apoiar os desejos de Riad de ser uma potência regional em meio à concorrência de Teerã. Em outras zonas de conflito no Oriente Médio, tais como Iraque, Síria ou Líbano, o Irã conseguiu acumular parceiros regionais para infelicidade da Arábia Saudita.
Mohammad Marandi, professor da Universidade de Teerã, disse em entrevista à Sputnik Internacional que "os iranianos são céticos quanto às intenções dos EUA, chegando a crer que muito do que fazem os EUA nesta região é por causa de Israel, para apoiar a política israelense na Síria e no Iêmen, e por causa do Irã. Devido à hostilidade dos EUA em relação ao Irã, qualquer grupo, país ou governo visto como aliado do Irã é considerado inimigo dos EUA".
Marandi explicou que mesmo quando sauditas se comportam de forma errada, por exemplo, quando exportam extremistas, recebem apoio dos norte-americanos por acreditarem que tais ações prejudicam Teerã.