Um monitor militar disse à Sputnik que a perspectiva de um ataque dos EUA contra a Síria parece "improvável por enquanto", citando fontes militares que acreditam que o nível de ameaça foi rebaixado.
Nos últimos dias, a porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da Rússia, Maria Zakharova, descreveu as ameaças de Washington como "inaceitáveis", enquanto o vice-ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergei Ryabkov, emitiu uma advertência aos EUA.
"Nós avisamos e advertimos os EUA que esses planos devem ser incondicionalmente recusados. Qualquer uso ilegal da força, similar ao que aconteceu há quase um ano na base aérea de Shairat, seria um ato de agressão contra um Estado soberano, como definido pelo artigo relevante da Carta da ONU", disse Ryabkov na terça-feira.
"Estamos prontos para qualquer situação possível que a Síria possa enfrentar. Nosso exército está preparado, assim como as forças de defesa aérea, estamos prontos para repelir qualquer ataque a fim de preservar a soberania em nosso território e proteger nosso povo", afirmou.
Ataque é improvável
O analista militar Peto Lucem expressou suas dúvidas sobre um potencial ataque em larga escala dos EUA contra o Exército Sírio.
“Não espero um ataque em larga escala às forças terrestres sírias pelos EUA. Para conseguir isso, a Força Aérea dos EUA teria primeiro que atacar bases de mísseis superfície-ar (os chamados SAM), instalações de radar e campos de pouso — essa é uma tática comum. Bater as forças terrestres do Exército sírio de uma maneira que diminuiria significativamente seu valor de combate duraria pelo menos vários dias, se não semanas”, disse o analista ao Sputnik.