"A Grécia hoje é um farol de valores, uma garantidora da estabilidade e segurança em nossa região. E por isso, não permitirá que ninguém pratique estratégias que ameacem a estabilidade e uma situação normal. E eu quero repetir o que todo Europa declarou oficialmente e unanimemente aqui, no canto histórico da nossa pátria, a Turquia deve parar as atividades ilegais no mar Egeu, deve respeitar os direitos soberanos da Grécia e Chipre, observar as regras resultantes do direito internacional", disse o primeiro-ministro da Grécia Alexis Tsipras no Dia da Independência.
"A Grécia é um país que tem poderosas forças de dissuasão não para ameaçar, mas para garantir a paz e a estabilidade na região, a fim de servir ao princípio da cooperação mútua entre vizinhos", disse ele.
Falando sobre a questão dos dois soldados gregos detidos na Turquia depois de acidentalmente cruzar a fronteira no início deste mês, o premiê disse que o governo está fazendo o máximo para garantir que eles voltem para casa no menor tempo possível.
O ministro grego da Defesa Nacional, Panos Kammenos, prometeu "esmagar" aqueles que desafiavam a soberania da Grécia e apoiavam os planos do "Grande Império Otomano", citando a vitoriosa revolta grega contra os turcos em 1821-1832, que restabeleceu a Grécia como um país soberano.
A disputa data de 1996, quando os países discutiram sobre a afiliação territorial das duas ilhotas rochosas de Imia do arquipélago do Dodecaneso no Mar Egeu, o que levou a uma crise nas relações entre a Grécia e a Turquia. O conflito foi encerrado após a intervenção da comunidade internacional, da OTAN e dos Estados Unidos.