Os pilotos da base aérea de Kamchatka da Frota do Pacífico participaram dos treinamentos das forças de defesa antiaérea para repelir um ataque do inimigo convencional no Ártico, comunicou há pouco o chefe do Departamento de Informações da Assessoria de Imprensa do Distrito Militar Oriental para a Marinha, Nikolai Voskresensky.
A partir do aeródromo, localizado na Kamchatka, depois do alerta foram colocados no ar dois caças interceptores de grande altitude MiG-31. Eles deveriam eliminar os aviões do inimigo convencional ainda antes do início dos bombardeamentos.
"Ao efetuarem esta tarefa, os pilotos de Kamchatka efetuaram pela primeira vez um voo ininterrupto de mais de 4.000 quilômetros até à região do Ártico com dois reabastecimentos em voo por um avião-reabastecedor Il-7", comunicou.
Na região ártica, os caças efetuaram lançamentos eletrônicos de mísseis do tipo ar-ar de grande alcance, eliminando com sucesso todos os aviões do "inimigo". Além disso, pela primeira vez durante os exercícios, a orientação dos interceptores MiG-31 contra os alvos decorreu sob controle de postos de radar e de orientação da aviação do Distrito Militar Oriental.
"O exército russo está ativamente desbravando e equipando o Ártico — está sendo criada uma grande infraestrutura que corresponde às condições árticas. São construídas bases, aeródromos, está sendo desenvolvido todo um leque de equipamentos árticos. Tudo isso, com toda a lógica, é testado com temperaturas baixas e em vastos espaços brancos. Além disso, se sabe que os países ocidentais, tais como os EUA, o Canadá, até a Austrália e outros, têm cada vez mais o Ártico como seu ‘alvo', realizando lá todo o tipo de manobras", explicou Baranets.
De acordo com o militar, a Rússia, sem dúvidas, está "estabelecendo uma guarda segura sobre o Ártico que é seu, que é russo".
"É com este objetivo que se realizam as manobras de Tropas Aerotransportadas, infantaria mecanizada, tropas da defesa antiaérea e da Marinha; neste momento estes [objetivos] estão sendo treinados no espaço aéreo do Ártico também pelos pilotos russos. E dá para entender por quê. Tendo lá vários aeródromos e um grupo de aviação, seria estúpido, claro, ficar de mãos cruzadas esperando que alguém ataque. Os pilotos russos estão treinando as possíveis variantes para repelir ameaças aéreas", sublinhou.
Para mais, Barenets contou que o trabalho no espaço aéreo do Ártico tem suas particularidades. Estas, por sua vez, não estão relacionadas apenas com as temperaturas extremamente baixas e territórios vastos.
Em resumo, o especialista afirmou que, a seu ver, esta certamente não é a última vez que decorre tal tipo de manobras.