Em menos de 20 dias, o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Renováveis (Ibama) suspendeu o funcionamento da Anglo American em Santo Antônio do Grama pela segunda vez.
Ainda não há confirmação de danos ambientais, mas as operações da empresa foram paralisadas de imediato depois do incidente. A Anglo American é reincidente e está sendo investigada desde o primeiro rompimento do duto.
A mineradora emitiu nota reconhecendo o vazamento, que foi detectado em torno das 18h55, horário local, na última quinta-feira (29).
"O vazamento de polpa de minério de ferro, material não perigoso, durou aproximadamente cinco minutos e já foi estancado. Não houve feridos […] As autoridades e órgãos competentes foram avisados imediatamente depois de identificar o vazamento. A empresa está mobilizando todos os esforços para ação imediata de resposta ao incidente e, tão logo tenha mais informações, divulgará para a sociedade", afirmou a mineradora.
A Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (Semad) divulgou uma nota comunicando que o "licenciamento ambiental do mineroduto é feito pelo Ibama", que paralisou as atividades da Anglo American em 12 de março e as liberou 17 dias depois.
Em decorrência do rompimento, a Semad determinou que a mineradora cumprisse medidas mais urgentes como a limpeza da calha do Ribeirão Santo Antônio do Grama e suas margens até 31 de maio. Além disso, em 30 dias, a Anglo American deverá apresentar um plano de recuperação da área degradada.
O Ministério Público Federal abriu inquérito para apurar a causa do rompimento e recomendou ao Ministério Público de Minas Gerais que investigue o caso e peça o bloqueio de R$ 10 milhões da Anglo American.