Tal opinião foi expressa por Vladimir Olenchenko, especialista russo em assuntos políticos e membro do Instituto de Economia Mundial e Relações Internacionais do Centro de Estudos Europeus, com sede em Moscou.
Segundo comunicam interlocutores do jornal, os especialistas conseguiram determinar a fonte de produção da substância "usando meios de análise científica e informações de inteligência".
"A publicação […] tem com objetivo perturbar o público e, de algum modo, dar às autoridades do Reino Unido a oportunidade de manter a reputação perante seus aliados", frisou.
"Portanto, opino que é um tipo de manobra alvejada para deixar o vapor sair pouco a pouco", sublinhou.
Ao mesmo tempo, Olenchenkov lembrou que previamente o chefe do centro de pesquisa militar da Grã-Bretanha em Porton Down, Gary Aitkenhead, declarou que os especialistas não conseguiram identificar a fonte precisa da substância usada para envenenar o ex-agente russo. Além disso, eles não determinaram que a Rússia foi a responsável pela produção da substância tóxica.
Ademais, ele destacou que "após a confirmação do centro de pesquisa militar da Grã-Bretanha em Porton Down, o Ministério das Relações Exteriores do Reino Unido tirou sua mensagem oficial no Twitter onde afirma que o agente nervoso que envenenou Skripal alegadamente teria sido produzido na Rússia".
Especialistas britânicos acreditam que eles tenham sido atacados com o agente nervoso A-234 (também conhecido como "Novichok"). Os britânicos alegam que esta substância tóxica teria sido desenvolvida na União Soviética e colocam a culpa do ocorrido na Rússia. Moscou repetidamente rejeitou todas as acusações, qualificando-as infundadas.