"Não há alternativa à paz e à coexistência pacífica. Mas isso não significa que nós não levamos em conta o comportamento de qualquer dos nossos vizinhos e como eles resolvem os problemas. Todos os vizinhos e até as melhores famílias têm problemas. Eles devem ser resolvidos pacificamente, na base do direito internacional", afirmou ele em entrevista ao Der Spiegel, da Alemanha, ao ser questionado se Atenas estaria se preparando para uma guerra com a Turquia.
Sobre a possibilidade de se engajar em uma corrida armamentista com a Turquia em meio a uma crise financeira, o ministro grego admitiu que o seu país não possui fundos para isso, mas explicou que existe uma diferença de preços entre armamentos ofensivos e defensivos.
"Há uma defesa com custos limitados, com base em nosso potencial econômico. Estamos fortalecendo nossa defesa, temos um bom pessoal e armamentos. Seis submarinos alemães [comprados anteriormente pela Grécia] são armas formidáveis nos mares. A Turquia investe em grandes projetos, como porta-aviões, mas a Grécia tem duas mil ilhas", destacou.
Historicamente complicadas, as relações entre Turquia e Grécia vêm se deteriorando significativamente desde fevereiro, quando um barco de patrulha turco atacou uma embarcação da Guarda Costeira Grega perto de ilhas disputadas pelos dois países no mar Egeu. Em março, a situação piorou quando dois militares gregos cruzaram sem querer a fronteira com a Turquia e foram prontamente detidos pelas autoridades turcas, sob suspeita de espionagem.