De acordo com o Ministério da Defesa da Rússia, as tropas de defesa aérea da Síria derrubaram cinco de oito mísseis. Três mísseis alcançaram a parte ocidental do aeródromo, resultando na morte de 14 pessoas, dos quais 7 eram militares iranianos.
O Ministério das Relações Exteriores do Irã chamou as ações de Israel de "agressão e violação de soberania e integridade territorial da Síria, que contraria todas as leis e regulações internacionais".
O ex-correspondente militar na Síria e no Iraque, Hassan Shemshadi, contou à Sputnik Persa sobre as possíveis ações do Irã em relação a Israel.
Ainda de acordo com ele, o segundo objetivo era convencer o público no envolvimento do aeródromo no ataque com armas químicas na cidade síria de Douma.
"O Irã sofreu perdas neste ataque: morreram nossos conselheiros militares que ajudaram o exército e o povo da Síria. No momento, ainda é difícil dizer se os israelenses sabiam que nossos militares estavam no aeródromo e que eles seriam os únicos alvos deste ataque. Não podemos descartar esta versão […] Obviamente, Israel é o aliado-chave dos EUA e o ataque do T-4 não foi apenas sua ideia", comentou o ex-correspondente militar.
Ele também acrescentou que a defesa aérea libanesa por algum motivo permaneceu em silêncio e permitiu que os caças israelenses entrassem em seu espaço aéreo. Segundo Shemshadi, apesar do apoio do Hezbollah, nem todos os assuntos militares e estratégicos podem ser resolvidos por essa organização no Líbano.
Avaliando a posição do Irã, o analista observou que o sangue dos iranianos não permanecerá impune. No ano passado, o Irã se vingou dos terroristas do Daesh (proibido na Rússia e em vários outros países) pelo ataque cometido contra o Parlamento do país e o Mausoléu de Khomeini. Duas semanas depois, ele atacou com mísseis os militantes do Daesh na Síria, matando os terroristas e destruindo seu artesanal de armas.
De acordo com Shemshadi, o Irã não deixará esse ataque sem resposta e Israel deve "ficar atento e ligar o cronômetro para contagem regressiva até a resposta resoluta iraniana".