"Ninguém pode pensar nisso, exceto pela conduta sectária da vida, para fazer essas afirmações", disse o presidente espanhol em uma entrevista coletiva.
Rajoy insistiu, diante das afirmações dos setores independentistas catalães — cuja cúpula está sendo processada por crimes de rebelião e insurreição, entre outros —, que "a Espanha é uma democracia, um Estado de Direito em que há total separação de poderes".
Nesse sentido, ele lamentou que o movimento de independência catalão tenha de "defender suas posições faltando com a verdade".
Apesar do silêncio de Rajoy, é claro que o domínio da narativa diante da comunidade internacional é uma preocupação do governo, como evidenciam as reuniões realizadas na quarta-feira (11) com o secretário de Estado de Relações Exteriores, Jorge Toledo, com dezenas de embaixadores no governo. no exterior para preparar uma ação comunicativa conjunta.
O presidente espanhol fez estas declarações em uma aparição conjunta com o primeiro ministro dinamarquês, Lars Løkke Rasmussen, com quem tratou de assuntos de relações bilaterais entre ambos os partidos e ao pertencimento dos dois países a corpos comuns como a União Europeia ou OTAN.
Em sua aparição, Rasmussen evitou comentar sobre a situação na Catalunha e disse que esta é uma "questão interna da Espanha" que deve ser resolvida dentro da estrutura constitucional espanhola.