Mais cedo neste sábado, os Estados Unidos, a França e o Reino Unido lançaram ataques contra vários alvos na Síria em resposta ao suposto incidente com armas químicas no subúrbio de Douma, em Damasco. De acordo com o Ministério da Defesa da Rússia, os três países dispararam mais de 100 mísseis de cruzeiro e ar-terra contra o território sírio.
"Os ataques aéreos contra a Síria diminuirão a confiança mundial em seu sistema internacional representado pela ONU, porque três membros permanentes do CSO [Conselho de Segurança da ONU] acabaram de bombardear um membro da ONU sem respeitar uma decisão da ONU sobre as investigações acerca do suposto ataque químico em Douma", afirmou Giwargis.
Damasco refutouas acusações de seu envolvimento no incidente de Douma e convidou a Organização para a Proibição de Armas Químicas (OPAQ) para investigar o suposto ataque.
Giwargis enfatizou que a Rússia e o Exército Sírio contra-atacaram a agressão da França, do Reino Unido e dos Estados Unidos.
"Os ataques ocidentais não são um padrão para avaliar a soberania síria, mas de qualquer forma, o exército sírio apoiado pelo exército russo defendeu-se da tripla agressão e a Síria está novamente no topo das negociações futuras", disse Giwargis.
"Esse ataque dos EUA, do Reino Unido e da França é outra tentativa de destruir qualquer solução política baseada nas leis e esforços internacionais que estão sendo exigidos pela Rússia", disse Giwargis.
O presidente russo, Vladimir Putin, afirmou neste sábado (14) que os ataques foram realizados em violação das normas e princípios do direito internacional, e que a Rússia está convocando uma sessão urgente do Conselho de Segurança da ONU sobre as ações dos três países que participaram dos ataques aéreos.