As Forças Armadas britânicas estão enfrentando "significativas" faltas de contingente militar em áreas críticas, revela um relatório do Escritório Nacional de Auditoria do Reino Unido (NAO, sigla em inglês).
Atualmente, o exército precisa de mais de 8.200 recrutas para completar o que o escritório descreve como a "maior brecha da década". Em particular, estão necessitando de cerca de 2.400 engenheiros — a maioria deles engenheiros de armas na Marinha Real britânica, 700 analistas de inteligência e 800 pilotos, especialmente na Força Aérea Real.
Ao mesmo tempo, a NAO destacou que há 102 áreas com insuficiência de contingente capaz de cumprir as tarefas operativas, ou seja, engenharia, inteligência, logística, aviação, comunicações, medicina etc.
'Lamentavelmente abaixo' do nível requerido
"Nestes tempos incertos, é mais importante do que nunca que o Reino Unido conte com um Exército bem dotado de oficiais com conhecimentos técnicos para controlar as ameaças à segurança nacional", afirmou a respeito Meg Hillier, presidente do Comitê de Contas Públicas.
Ao mesmo tempo, o diretor da NAO, Amyas Morse, insistiu que o departamento militar mude "fundamentalmente seu enfoque para desenvolver contingente qualificado".
Vale destacar que, mais recentemente, o porta-voz do Ministério da Defesa britânico assegurou que o Exército "possui bastante pessoal para cumprir todas as exigências operativas, inclusive a participação ativa em 25 operações em 30 países de todo o mundo".