"Se o registro mostra que Haspel desempenhou algum papel na execução, supervisão ou direção de qualquer forma de abuso de tortura a detentos, ou a destruição de provas relacionadas a essas atividades, nós pedimos que você rejeite sua indicação", disse a carta.
O abaixo-assinado observou que as autoridades dos EUA destacaram a rica experiência de Haspel e o longo histórico de excelentes serviços prestados à CIA.
"No entanto, não aceitamos os esforços para desculpar suas ações relativas à tortura e outros abusos ilícitos de detidos, oferecendo que ela estava 'apenas seguindo ordens', ou que o choque dos ataques terroristas de 11 de setembro deveria servir de desculpa para conduta ilegal e antiética", disseram os oficiais aposentados.
Na semana passada, um grupo de mais de 50 organizações de direitos humanos também pediu ao Senado dos EUA que rejeitasse a indicação de Haspel pelas mesmas razões. O grupo também disse que Haspel teria participado da destruição de vídeos de interrogatórios usando técnicas que já foram formalmente rotuladas como tortura e banidas pelo Congresso.
A indicação de Haspel foi publicamente apoiada por alguns legisladores, incluindo a senadora Dianne Feinstein, que liderou um comitê do Senado que divulgou um relatório sobre as práticas de tortura da CIA. Feinstein disse a repórteres em março que Haspel era uma boa vice-diretora da CIA e disse que esperava que "a agência aprendesse com suas lições".