"A proibição inovadora da UE aos pesticidas neonicotinoides que matam abelhas é uma grande vitória para os polinizadores, para as pessoas e para o planeta", disse Tiffany Finck-Haynes, ativista sênior da Friends of the Earth (Amigos da Terra).
De acordo com uma declaração recente da União Europeia, os três tipos de pesticidas neonicotinoides — imidacloprida, clotianidina e tiametoxam — só serão permitidos em estufas permanentes que não abriguem abelhas. As novas regulamentações devem entrar em vigor até o final deste ano.
Vários estudos mostraram ligações entre o uso de neonicotinoides e a diminuição das populações de abelhas.
"A saúde das abelhas continua sendo de extrema importância para mim, uma vez que diz respeito à biodiversidade, à produção de alimentos e ao meio ambiente", afirmou o comissário europeu para saúde e segurança alimentar, Vytenis Andriukaitis, ao jornal The Guardian.
Martin Dermine, da Rede Europeia de Ação contra Pesticidas, também elogiou a proibição, afirmando que "autorizar os neonicotinoides durante um quarto de século foi um erro e levou a um desastre ambiental. A votação de hoje é histórica".
"A maioria dos países membros deu um sinal claro de que nossa agricultura precisa de transição", acrescentou Dermine. "Usar pesticidas que matam abelhas não pode mais ser permitido e apenas práticas sustentáveis devem ser usadas para produzir nossos alimentos".
"Embora os apicultores dos EUA tenham relatado perdas catastróficas novamente neste inverno, ao invés de proibir esses perigosos pesticidas, a agência americana está considerando aumentar o uso em 165 milhões de acres", observou.