De acordo com Trump, o JCPOA não poderia impedir que armas nucleares fossem parar nas mãos do Irã, e "outros países do Oriente Médio que têm dinheiro" começariam a buscar possibilidades para obter armas nucleares. Para o presidente norte-americano, isso resultaria em uma catástrofe.
Além disso, Donald Trump afirmou que os EUA devem ter acesso às bases militares do Irã para "ter certeza que o país não mente".
Na terça-feira (8), Trump anunciou a saída dos EUA do acordo nuclear com o Irã, acusando Teerã de violar os termos do acordo.
O líder americano ordenou imediatamente a reintrodução das sanções contra o país que abrangerão os setores de importância crítica da economia iraniana, incluindo a energia e finanças.
O presidente dos EUA ameaçou que, caso Teerã continue com suas atividades nucleares, o país enfrentará problemas que "jamais tinha enfrentado antes". Donald Trump afirmou que o Irã precisará firmar um novo acordo, os EUA já estão prontos para conversações.
"Surgiu uma situação estranha quando, de fato, Trump defende os interesses nacionais de Israel, não os dos EUA. Trata-se de uma situação em que ‘a cauda é que está abanando o cão'", afirmou.
Segundo o analista, o presidente estadunidense está sendo pressionado por todos os lados.
"É claro que Trump foi encurralado pelos democratas, tal como pelo próprio Partido Republicano, no momento ele não sabe onde procurar apoio. O lobby israelense serve como esse apoio. Neste sentido, Trump começa prejudicando seu próprio país", explicou Domrin.
"Entendo perfeitamente qual será a resposta de Teerã […] Claro que o Irã jamais concordará com isso. E depois? Falando sobre um novo acordo nuclear com o Irã, Trump está tentando negociar ‘um bom acordo’. O Irã não agora concordará, é óbvio. E depois começará a negociação", acredita Aleksandr Domrin.