Segundo Vladislav Antonov da corretora russa Alpari, a semana passada foi marcada por vários eventos negativos para o mercado de criptomoedas, entre eles se destacam a investigação contra a maior corretora de criptomoedas sul-coreana Upbit e a venda massiva de bitcoins na casa de câmbio de criptomoedas MtGox. Esses eventos contribuíram para a queda do preço do bitcoin.
Entretanto, o analista sublinha que a conferência anual de criptomoedas Consensus, que terá lugar entre 14 e 16 de maio em Nova York, pode remediar a situação.
"Espera-se que pelo menos sete mil pessoas, entre eles há mais de 200 especialistas em criptomoedas, participem da conferência. Sua credibilidade pode ser comparada com a da cúpula do G8", explicou Antonov à Sputnik.
Mikhail Maschenko da plataforma de negociação de criptomoedas eToro lembrou outros fatores que levariam ao aumento do valor da criptomoeda mais popular do mundo. Por exemplo, a Intercontinental Exchange (ICE), empresa controladora da bolsa NYSE, planeja permitir comprar e guardar criptomoedas e está realizando negociações com outras empresas financeiras para iniciar oferecimento de contratos de swap de bitcoin (um contrato derivativo em que há troca de posições quanto ao risco e à rentabilidade, entre investidores).
Ao mesmo tempo, a capitalização de mercado de todas as criptomoedas superou 400 bilhões de dólares (R$ 1,44 trilhão) na semana passada.
"É um bom sinal que reflete o interesse dos investidores para vários criptoativos", sublinhou Doganov.
O preço do bitcoin começou a cair no âmbito dos comentários críticos do fundador da Microsoft, Bill Gates, e do bilionário Warren Buffet. O bitcoin está custando 8.370 dólares (R$ 30.000), correspondendo a 60% do seu recorde de 20.000 dólares (R$ 72.000) atingido em dezembro de 2017. Em fevereiro de 2018, o bitcoin foi vendido a menos de 6.000 dólares (cerca de R$ 21.600), devido à preocupação dos investidores com as restrições às criptomoedas por parte dos reguladores.