Assinala-se que o jornalista foi preso em uma rua perto de sua casa.
O Serviço de Segurança de Kiev declarou que foi realizada operação envolvendo "estruturas mediáticas controladas pela Federação da Rússia". Conforme a porta-voz da organização, Elena Gitlyanskaya, "os órgãos de implementação da lei concluíram que as estruturas foram usadas pelo país agressor no âmbito da guerra de informação híbrida contra a Ucrânia".
O Serviço de Segurança da Ucrânia (SBU) prometeu divulgar detalhes da operação mais tarde.
Kirill Vyshinsky é suspeito de apoiar as repúblicas autoproclamadas em Donbass e de traição. O SBU também realizou buscas no apartamento da correspondente da RIA Novosti na Ucrânia, Lyudmila Lysenko. Para além disso, o representante do escritório da RIA Novosti na Ucrânia, Andrei Borodin, está incontatável desde a manhã de terça-feira (15). Entretanto, na página do promotor-geral ucraniano Yuri Lutsenko, foram publicados documentos de Borodin, entre as fotos apreendidas durante as buscas no escritório da RIA Novosti Ucrânia.
O diretor-geral da agência de notícias Rossiya Segodnya, Dmitry Kiselev, declarou que as autoridades ucranianas devem liberar Vyshinsky imediatamente e parar de perseguir a mídia. A editora-chefe da Rossiya Segodnya e do canal RT, Margarita Simonyan, considera que o ocorrido é uma vingança pela Ponte da Crimeia. Ela destacou, no entanto, que o portal RIA Novosti Ucrânia não está juridicamente ligado à agência Rossiya Segodnya, sendo, sim, parceiro informativo da agência russa.
Mais cedo, em 23 de abril, efetivos do SBU também detiveram Elena Edinovol, chefe do departamento da Crimeia do movimento Volontery Pobedy (Voluntários da Vitória), que também é acusada de traição.
Vale destacar que autoridades ucranianas limitaram diversas vezes o trabalho de representantes russos da mídia, chegando até mesmo a proibir entrada no país. Em março de 2015, Kiev suspendeu o credenciamento de 115 mídias russas de órgãos governamentais. E em 2017, foram registrados 85 casos de agressão física contra jornalistas.
Anteriormente, o Ministério das Relações Exteriores da Rússia apelou à Organização para a Segurança e Cooperação na Europa (OSCE), ao Conselho da Europa e a organizações internacionais para condenarem a política de Kiev em relação aos jornalistas.