O representante do Conselho Revolucionário do movimento palestino Fatah, Feisal Abu Shahlaa, afirmou à Sputnik Árabe que "os norte-americanos, após a transferência da embaixada a Jerusalém, estão sendo considerados ocupadores da terra palestina, assim como os israelenses".
"As ações agressivas dos ocupantes, que causaram morte de civis, obrigam os palestinos a se recusar a buscar regulamento pacífico e a recorrer ao confronto e resistência. Para expressar seu protesto, os países árabes e islâmicos devem fechar suas embaixadas em Israel", acrescentou.
"O povo palestino já não espera ajuda da comunidade internacional. Ele percebeu a necessidade de criar seu destino por conta própria, então, ele deve agir", destacou.
A indignação maciça dos palestinos é provocada pela transferência da embaixada dos EUA a Jerusalém, cuja inauguração ocorreu na segunda-feira (14), no 70º aniversário do Estado de Israel. Donald Trump, presidente norte-americano, anunciou a transferência ainda em dezembro, provocando protestos em massa e a desaprovação de países muçulmanos, bem como de países que apoiam a resolução pacífica do conflito palestino-israelense.
De acordo com os últimos dados, a série de confrontos na Faixa de Gaza já matou ao menos 61 pessoas, todas do lado árabe. Trata-se do maior número de vítimas em território palestino desde 2014.