A cor de ferrugem não é a única coisa que caracteriza o deserto do Sul do Peru. O que realmente o torna emblemático são seus risquinhos enigmáticos. Trata-se de linhas brancas: algumas perfeitamente retas, outras com curvas acentuadas, que se estendem por mais de 450 quilômetros quadrados e que, se observarmos ao nível do solo, não dizem nada.
No entanto, se olharmos para eles a partir do ar, percebemos que há algo mais: um macaco, uma aranha, um beija-flor e muitas outras criaturas vivas, plantas estilizadas, seres fantásticos e figuras geométricas de vários quilômetros de comprimento. Essas linhas representam um dos maiores enigmas da arqueologia devido a seu número, natureza, tamanho e continuidade.
Essas são as Linhas de Nazca, que durante décadas preocuparam Reiche, "uma mulher solitária sentada em uma escada, segurando um sextante, bússola, escova e mente matemática", escreveu o Google na descrição de seu doodle.
Reiche nasceu em Dresden em 15 de maio de 1903 e estudou matemática, astronomia e geografia. Em 1932, ela foi escolhida para fazer parte de uma equipe no Peru, uma decisão que mudaria o rumo de sua vida. Foi assim que ela conheceu o historiador Paul Kosok, que em 1941 a acompanhou para conhecer os geoglifos.
Un día como hoy nació Maria Reiche, una de las alemanas que más amó al Perú.
— Mαr Mounier (@elhigadodmarita) 15 de maio de 2018
Llama tanto la atención que los medios de comunicación ni se hayan acordado, en el Perú.
En Europa, Google le dedicó un doodle.
Si fuera Frida Kahlo o Simone de Beauvoir, estarían reventándonos. pic.twitter.com/LceYRWQS8u
Em um dia como o de hoje nasceu Maria Reiche, uma das alemãs que mais amou o Peru.
Chama tanto a atenção que a mídia nem sequer se tenha lembrado, no Peru.
Na Europa, o Google lhe dedicou um doodle.
Se fosse Frida Kahlo ou Simone de Beauvoir, estariam nos estourando.
A alemã ficou tão extasiada com as linhas de Nazca que dedicou sua vida a investigá-las.
"Usando uma fita métrica, sextante e bússola, ela mediu quase 1.000 linhas" para investigar sua orientação astronômica. Assim, Reiche descobriu que muitas das linhas funcionam como marcadores para o solstício de verão, e teorizou que seus construtores (os pré-hispânicos que habitavam a Terra entre 500 a.C e 500 d.C) usavam as figuras na qualidade de calendário astronômico.
15 05 1903 Maria Reiche Neumann "La dama del desierto" o "La dama de las líneas" nace en Dresde, Alemania; arqueóloga y matemática; descifra las famosas líneas de Nasca, en el desierto de Perú; considerada una de la científicas que más ha contribuido a la historia, la ciencia… pic.twitter.com/LxN6Nne5RF
— Rosali (@Rosa_sol) 15 de maio de 2018
15. 05.1903. Maria Reiche Neumann, "a dama do deserto" ou "a dama das linhas" nasce em Dresden, Alemanha; arqueóloga e matemática; ela decifra as famosas líneas de Nasca, no deserto do Peru. É considerada uma das cientistas que mais contribuiu para a história, para a ciência…
Em 1992, Reiche obteve cidadania peruana. Três anos depois, em 1994, as Linhas de Nazca foram reconhecidas pela UNESCO como Patrimônio da Humanidade. Consistem em linhas, desenhos e faixas que cobrem o planalto desde a era pré-colombiana.
Remembering archaeologist Maria Reiche, who devoted her life to investigating Peru's Nazca Lines.
— mary (@maryazizi1) 15 de maio de 2018
"Lady of the Lines”
(15 May 1903 – 8 June 1998) pic.twitter.com/rbN6TRkFKr
Celebrando a arqueóloga Maria Reiche, que dedicou toda a sua vida a investigar as Linhas de Nazca, no Peru
"A Dama das Linhas"
(15 de maio de 1903 — 8 de junho de 1998)
Segundo o site da UNESCO, existem vários fatores que estão afetando as Linhas e colocando em risco a herança da Humanidade. Os principais são: os danos causados pela mineração ilegal e atividades relacionadas à agricultura, o tráfego contínuo de veículos na área onde localizam-se os geoglifos, a falta de monitoramento sistemático da propriedade e de medidas de segurança para controlar o tráfego no ar etc.