Para a professora de Economia da Fundação Escola de Comércio Álvares Penteado, Juliana Inhasz, essa nova política trará um aumento nos preços de uma forma generalizada.
Segundo a economista da FECAP, os impactos serão sofridos não só nos postos de gasolina mas também no setor de produtos, já que o sistema logístico brasileiro, principalmente para escoar a produção, depende majoritariamente do transporte rodoviário, que vai ficar mais caro.
"O consumidor, infelizmente, vai sentir esse impacto", observa a professora Juliana Inhasz em entrevista à Sputnik Brasil. "Em essência, o ideal seria que a Petrobras tivesse hoje um caixa suficientemente maduro para que ela pudesse absorver esse choque. O que está acontecendo agora é o oposto. A gente vai perceber aumentos nos preços, que vão deixar o nosso orçamento mais curto."
Já o economista Martin Tygel, professor da Unicamp (Universidade de Campinas), não acredita que o governo ou a estatal devam interferir na política de preços. Para ele, essa política, "por mais penosa que possa parecer", está em consonância com o que as outras empresas fazem, e é vital para a sobrevivência delas no mundo inteiro.
"Qualquer coisa que o governo fizer em relação a isso vai acarretar que o dinheiro terá que sair de algum lugar. A população vai pagar isso através de impostos", enfatiza o professor Tygel em entrevista à Sputnik Brasil.
Apesar desse corte, porém, a empresa não vai mudar a sua política de reajustes. A informação foi dada pelo presidente da estatal, Pedro Parente, na manhã desta terça-feira, após reunião com os ministros da Fazenda, Eduardo Guardia, e de Minas e Energia, Moreira Franco. Segundo ele, a redução no preço da gasolina e diesel anunciada hoje ocorreu pela variação do câmbio.