Segundo um comunicado do ministério, o número de série do míssil que alegadamente derrubou o avião mostra que foi produzido em 1986 na União Soviética. A empresa produtora pode prolongar a data-limite em mais cinco anos, mas não mais que duas vezes.
"O número de série do propulsor mostra que foi produzido em 1986 na União Soviética. O período de garantia de exploração dos mísseis antiaéreos desse tipo é de 15 anos", explicou o ministério.
"A data-limite de exploração operacional do míssil, cujo propulsor foi mostrado pela comissão holandesa na quinta-feira, foi 2011 (1986+25). Depois disso, todos os mísseis produzidos nesse ano foram retirados de serviço e destruídos", afirmou o comunicado.
De acordo com o Ministério da Defesa da Rússia, "a única razão de a comissão holandesa ocultar intencionalmente a origem do propulsor do míssil produzido em 1986 é ele [o propulsor] mais que provavelmente pertencer às Forças Armadas da Ucrânia".
O presidente russo Vladimir Putin declarou que Moscou só reconhecerá os resultados da investigação da queda do avião malaio MH17 malaio se a Rússia participar plenamente do processo, e que hoje o país não tem acesso à investigação.
Em 17 de julho de 2014, um Boeing 777 da companhia Malaysia Airlines, que fazia o voo MH17 de Amsterdã para Kuala Lumpur, foi atingido por um míssil quando sobrevoava a região de Donetsk, no leste da Ucrânia. A bordo da aeronave seguiam 298 pessoas, a maioria holandeses; não houve sobreviventes.
Por sua vez, Moscou qualificou a investigação como preconceituosa, baseada apenas nos dados proporcionados pela Ucrânia. Os experimentos realizados pelo consórcio Almaz-Antei, principal produtor de sistemas antiaéreos, confirmam que o Boeing foi derrubado a partir do território controlado pelo exército ucraniano.