"Seremos o único país da América Latina com este privilégio", assegurou o mandatário, ao acrescentar que isso contribuirá para "melhorar a imagem da Colômbia" e permitirá que o país "tenha muito mais presença no palco internacional".
"Em Bruxelas teremos reuniões com dirigentes da União Europeia. Em breve formalizaremos o estatuto da Colômbia como parceiro global da OTAN. Isto permite realizar treinamentos e compartilhar informações sobre o crime organizado", declarou.
Santos explicou que o programa visa melhorar a integridade das Forças Armadas do país e que a Colômbia não se tornará membro da OTAN nem começará a participar das operações militares da Aliança.
"Não significa que nós nos vamos tornar um membro com plenos direitos", afirmou o presidente colombiano, nomeando entre as vantagens do novo estatuto a colaboração na área de segurança cibernética e em procedimentos de compra de armas.
O analista venezuelano entrevistado pela Sputnik Mundo, Oglis Ramos, não descartou que "comece a surgir um plano de grande escala para conquistar a região e, neste caso, trata-se da conquista ou intervenção militar na Venezuela, sendo este país um dos focos mais resistentes às políticas imperialistas na região".
De acordo com o especialista, o anúncio feito pelo presidente colombiano está relacionado aos "resultados das eleições [na Venezuela] que resultaram na vitória do presidente Nicolás Maduro".
O professor espanhol Javier Colomo Ugarte tampouco duvida que a iniciativa da Colômbia "vise principalmente a Venezuela".
"Isso é feito para utilizar a Colômbia como ponta de lança de agressão, já que a OTAN na verdade é um bloco agressivo, não defensivo, que foi criado para atacar de várias maneiras", frisou o especialista.
Além disso, ele destacou que por trás deste acontecimento se esconde a preocupação de Washington com o "avanço da China e da Rússia na América Latina".
Esta opinião é compartilhada por Oglis Ramos. O analista apontou que os EUA estão buscando romper os "laços muito fortes" de Caracas com Moscou e com Pequim.