Segundo o jornal sul-coreano The Chosun Ilbo, os representantes da Coreia do Norte deram a entender que já foram tomadas diversas medidas no sentido da desnuclearização, em particular, a destruição do polígono nuclear de Punggye-ri. A Coreia do Norte pretende continuar nessa direção até completar o desarmamento nuclear.
"A Coreia do Norte explicou […] que não haverá nenhuma razão de manter as armas nucleares caso se estabeleçam relações diplomáticas com os Estados Unidos e estes ponham fim à política hostil, por exemplo, cancelem as sanções", escreve o jornal.
Se a reunião entre o secretário de Estado dos EUA, Mike Pompeo, e Kim Yo-jong, vice-presidente do Comitê Central do Partido dos Trabalhadores da Coreia do Norte, for bem-sucedida, os líderes dos dois países assinarão um acordo sobre o desarmamento nuclear da Coreia da Norte, a retirada das sanções e o estabelecimento de relações diplomáticas, informou uma das fontes à mídia.
Ao mesmo tempo, Washington apresenta condições de reciprocidade.
Ele acrescentou que, em contrapartida, Pyongyang insiste que Washington termine com a implantação de seus meios estratégicos na península, referindo-se aos exercícios militares conjuntos Ulchi-Freedom Guardian entre os EUA e a Coreia do Sul, marcados para agosto.
Segundo Pyongyang, isso permitirá estabelecer um equilíbrio militar entre as duas Coreias, salientou o interlocutor.
A principal imposição em relação a Pyongyang por parte da comunidade internacional são os testes nucleares. Por sua vez, a Coreia do Norte está insatisfeita com os exercícios dos EUA e seus aliados, em particular a Coreia do Sul, perto de suas fronteiras.
Previamente, Pyongyang anunciou que segue o rumo da desnuclearização, o que gerou uma melhora temporária no diálogo com Washington. Donald Trump e Kim Jong-un até planejaram se encontrar para discutir uma possível estabilização das relações. No entanto, na semana passada, o líder norte-americano se recusou a comparecer na reunião de cúpula.
Posteriormente, foram divulgadas informações sobre a possível retomada das negociações entre Trump e Jong-un.
Na semana passada, o presidente russo Vladimir Putin expressou esperança no diálogo entre Pyongyang e Washington e declarou que os EUA não devem assumir uma posição inflexível em relação ao país norte-coreano.