Torra sugeriu a realização de negociações entre os governos catalão e espanhol após Pedro Sanchez ter logrado a aprovação da moção de censura contra Mariano Rajoy e se tornado primeiro-ministro da Espanha na tarde de ontem (1).
"Primeiro-ministro Pedro Sanchez! Vamos conversar e discutir. Temos que sentar na mesa de negociações, vamos nos arriscar e manter conversas como governo com um governo", disse Torra.
No final de maio, Madri se recusou a reconhecer um gabinete proposto por Torra, que incluía políticos catalães exilados e presos. Torra disse que as ações do governo espanhol infringiram a lei e violaram seus direitos políticos.
O político fez o juramento de posse em 17 de maio, mas não jurou lealdade ao rei ou à Constituição espanhola. Mesmo assim, o governo espanhol ainda sob comando de Rajoy, aprovou a segunda lista de membros do gabinete espanhol. Na sexta-feira, um decreto sobre novas nomeações foi publicado no Diário Oficial do Governo da Catalunha.
A série de discordâncias entre Madri e Barcelona se iniciou em outubro do ano passado, quando Catalunha realizou um referendo de independência não reconhecido pelas autoridades centrais. O Parlamento regional anunciou unilateralmente a independência, desencadeando o domínio direto de Madri sobre a região autônoma, que convocou eleições antecipadas. Vários líderes pró-independência foram presos, enquanto outros fugiram do país.