Um "salto espetacular"; foi assim que o ex-conselheiro do Pentágono, Philip Coyle, descreveu o novo míssil hipersônico russo Kinzhal. Em um comentário ao jornal britânico Daily Star, o especialista em defesa antimíssil reconheceu que os EUA são impotentes contra novas armas hipersônicas russas.
De acordo com o artigo, a defesa antimíssil de países ocidentais "carece desesperadamente de preparo para enfrentar as ameaças dos mísseis de alta velocidade".
"Desenvolvida para interceptar mísseis balísticos, a defesa dos EUA não funciona contra mísseis de cruzeiro, mísseis hipersônicos ou drones submarinos capazes de transportar armas nucleares", afirmou Coyle ao jornal.
Ao mesmo tempo, Coyle advertiu que os mísseis hipersônicos, inclusive aqueles que transportam ogivas nucleares, "tornam obsoletos" os sistemas tradicionais de defesa antimíssil.
"A diferença dos mísseis hipersônicos é que eles se movem imprevisivelmente, o que os torna difíceis, mas não impossíveis, de interceptar", explicou Coyle.
Além disso, a mídia ressalta que a Rússia mostrou seu novo míssil hipersônico Kinzhal em março deste ano, capaz de atingir velocidade 10 vezes maior do que a do som. Coyle se referiu ao avanço da Rússia como "salto espetacular". No entanto, ele acrescentou que o fato de ser lançado de um avião significa que seu alcance poderia ser limitado.
Embora o artigo do jornal britânico esteja cheio de epítetos assustadores, as autoridades russas declararam inúmeras vezes que as novas armas da Rússia não representam ameaça aos países que não planejam atacá-la primeiro e que a doutrina militar do país possui carácter exclusivamente defensivo.