O portal Motherboard obteve informações do Departamento de Segurança Interna (DHS na sigla em inglês) precisando a avaliação. Os documentos detalham os esforços do DHS desde 2016 para tentar resolver o problema das vulnerabilidades de segurança cibernética em aviões.
Cerca de 23.911 voos comerciais transportam cerca de 2,3 milhões de passageiros por dia nos Estados Unidos. Além da óbvia ameaça à segurança nacional, há uma econômica: a aviação civil representa 5,1% do PIB americano.
De acordo com o DHS, mitigar um ataque contra um objeto em movimento pode ser muito mais desafiador do que contrariar uma invasão a um computador. Mas isto pode ser feito.
Depois de criar força-tarefa em 2016, a equipe do Departamento composta por membros do governo, indústria aeronáutica e pesquisadores acadêmicos demonstrou que as aeronaves comerciais podem ser invadidas remotamente. Muitos dos detalhes sobre a façanha são confidenciais, mas sabe-se que o "software do avião hackeado foi penetrado por radiofrequências e um hardware detectável pela segurança do aeroporto", informou o gerente do programa de aviação do DHS, Robert Hickey ao Motherboard.
A equipe conseguiu hackear o avião dois dias depois de ter acesso a ele. Hickey informou que o experimento usou um Boeing 757 estacionado em um aeroporto no dia 8 de novembro de 2017.
Desconhece-se quantos aviões o DHS foi capaz de hackear, mas de acordo com os documentos, esta fase de experimentos foi encerrada. Agora, o órgão deve começar a desenvolver maneiras de impedir que os ataques aconteçam.